16 de janeiro de 2012

Zé Celso Martinez e o país do carnaval

Se alguém perguntar a José Celso Martinez Corrêa se o Brasil hoje é “sério”, que aos poucos apaga a imagem supostamente negativa de ser o país do carnaval, do futebol e das mulheres bonitas, deve estar preparado para a resposta:

“Isso é preconceito, cara!”

Para o dramaturgo, cujo espetáculo As Bacantes foi apresentado de sexta e domingo (13 a 15/01), na reta final do Festival Europalia – que se realiza na Bélgica desde agosto passado, em ação do MinC–, é um erro tentar dar ao Brasil uma imagem de sisudez. “O que nos difere é justamente isso: somos criativos, carnavalescos, leves. O Brasil tem o fogo do poder humano”, aponta.

O dramaturgo lembra que As Bacantes é um espetáculo que se reinventa, pois vem sendo encenado desde 1996. Assim, alguém na plateia do La Manége, em Liége, que já o tenha visto antes, pode se surpreender. “Dionísio está morto na Europa. O que vamos trazer para essa gente é uma enorme festa da vida, um carnaval nesse momento de tristeza que cobre toda a Europa”, destaca Zé Celso, lembrando da crise econômica e criticando o cerebralismo que ainda toma conta do Velho Continente.

“Estamos entrando na era da economia verde, que é a economia do futuro, que é a salvação do mundo. A economia verde é o Brasil”, provoca.

Embora não se arrisque a dizer que as apresentações durante o festival tenham dado um panorama completo da cena brasileira, Zé Celso elogia alguns dos grupos que passaram por terras belgas, como o Teatro da Vertigem. E faz questão de dizer que está lá com As Bacantes por causa do MinC. “A infraestrutura que temos aqui para As Bacantes é formidável, um estádio completo, com quatro arquibancadas.” E arremata: “Cultura é estratégico.”

Fonte: ascom/minc

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