Se alguém perguntar a José Celso Martinez Corrêa se o Brasil hoje é “sério”, que aos poucos apaga a imagem supostamente negativa de ser o país do carnaval, do futebol e das mulheres bonitas, deve estar preparado para a resposta:
“Isso é preconceito, cara!”
Para o dramaturgo, cujo espetáculo As Bacantes foi apresentado de sexta e domingo (13 a 15/01), na reta final do Festival Europalia – que se realiza na Bélgica desde agosto passado, em ação do MinC–, é um erro tentar dar ao Brasil uma imagem de sisudez. “O que nos difere é justamente isso: somos criativos, carnavalescos, leves. O Brasil tem o fogo do poder humano”, aponta.
O dramaturgo lembra que As Bacantes é um espetáculo que se reinventa, pois vem sendo encenado desde 1996. Assim, alguém na plateia do La Manége, em Liége, que já o tenha visto antes, pode se surpreender. “Dionísio está morto na Europa. O que vamos trazer para essa gente é uma enorme festa da vida, um carnaval nesse momento de tristeza que cobre toda a Europa”, destaca Zé Celso, lembrando da crise econômica e criticando o cerebralismo que ainda toma conta do Velho Continente.
“Estamos entrando na era da economia verde, que é a economia do futuro, que é a salvação do mundo. A economia verde é o Brasil”, provoca.
Embora não se arrisque a dizer que as apresentações durante o festival tenham dado um panorama completo da cena brasileira, Zé Celso elogia alguns dos grupos que passaram por terras belgas, como o Teatro da Vertigem. E faz questão de dizer que está lá com As Bacantes por causa do MinC. “A infraestrutura que temos aqui para As Bacantes é formidável, um estádio completo, com quatro arquibancadas.” E arremata: “Cultura é estratégico.”
Fonte: ascom/minc
Fonte: ascom/minc
Nenhum comentário:
Postar um comentário