O Teatro e o espírito
Cláudia Schapira, 44 anos é argentina de nascimento, e brasileira por convicção desde que chegou ao país, aos onze anos de idade. “Meu pai veio trabalhar em uma empresa de cosméticos do Sílvio Santos”, conta. “E também fugir da iminente ditadura militar”. Artista de múltiplos talentos já foi premiada por suas atuações como figurinista, atriz e diretora. Fundadora e diretora do Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, que inaugurou o gênero de teatro hip hop, é uma pesquisadora incansável. Seus interesses são muitos, mas sempre passam pela questão social e pela religiosidade. Conversar com ela é pular de um assunto para outro com a rapidez de quem “samplea” a si mesma. Agitada, mas profunda ao mesmo tempo, está sempre à frente de vários projetos. No momento está com duas peças em cartaz, a premiada Cindi Hip Hop, baseada na história da Cinderela e Bruta Flor, sua primeira incursão a um texto escrito longe das salas de ensaio.
Cláudia nos recebeu em sua agradável e bucólica casa no bairro de Pinheiros, em São Paulo. Uma casa térrea, com flores, passarinhos e cachorros. Ali Cláudia escreve e no quintal tem seu ateliê de costura, onde idealiza e vende as roupas de sua marca Nossa Senhora da Pouca Roupa. Atriz formada pela EAD é também graduada em Rádio e TV pela FAAP, mas nunca exerceu nenhuma profissão longe das artes cênicas. Espiritualista, vai contra a corrente materialista do mundo atual. “Só entendi o mundo virtual da internet quando o aproximei do mundo espiritual”, conta. Para ela homens e mulheres têm uma diferença básica e óbvia: “Temos corpos diferentes, como podemos ser e escrever igual?”, argumenta. Para falar de sua original visão de mundo, dos seus projetos e da trajetória de quase dez anos de seu grupo, Cláudia nos concedeu a seguinte entrevista.
Para conferir a entrevista clique AQUI
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