12 de outubro de 2010

Mercado Cênico participa de Festival Nacional de Vitória esta semana

Comédia, drama, monólogos e peças na rua. A partir desta quarta-feira (13) até o próximo dia 24, Vitória será a capital nacional do teatro. O VI Festival Nacional de Teatro Cidade de Vitória traz 32 espetáculos, num total de 43 apresentações com 13 peças do Espírito Santo, 18 vindas de Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e da peça internacional vinda da Venezuela. Em Campo Grande o Mercado Cênico embarca com seus dois últimos trabalhos; Paredes Revisitadas que será apresentado na sexta feira (15) e Incontornáveis – um teatro de incoerência e horror no sábado (16) sempre as 20h, com entrada gratuita, no Teatro José Carlos de Oliveira (Centro Cultural Carmélia). No dia 16, as 21h, o diretor Vitor Hugo Samudio participará de um bate papo sobre o processo de criação dos espetáculos e trabalho do grupo. "Participar de eventos nacionais como temos participado reforça a qualidade das produções locais e divulga diretamente nosso estado e os nossos grupos". Explica Samudio






Paredes Revisitadas Poucos movimentos, poucos gestos, não existe toque físico, uma sala, baratas e o inferno. Ao questionar a condição humana, em suas crenças e ações, o espetáculo “Paredes Revisitadas” do Mercado Cênico, entra em cena com um drama que mostra a linha tênue que existe entre o ato bom e mau dos seres humanos. Desta forma, o trabalho de direção e enredo pretende provocar no público diversas sensações que poderão causar estranhamento. Garcia (Bruno Moser) é um literato, Inês (Patrícia de Andrade) uma funcionária pública e lésbica, e Estela (Glaucia Pires) tem um complexo de aceitação, usa seu corpo em diversas situações. Eles são levados até uma sala fechada e terão que permanecer para sempre ali, enclausurados, condenados a uma vida sem interrupção. Eles têm somente a companhia do outro. Começam a convivência eterna, crucial. A consciência de cada um se esbarra no muro do outro. Inês se sente atraída por Estela, que se sente atraída por Garcia, que tenta se esquivar até o momento em que revela que não pode amar Estela, porque a conhece demais. Então Estela, movida por seu complexo, traz para Garcia a questão do desejo. Ela só precisa disso. Nos primeiros instantes do drama eles ainda mantêm relação com o mundo terreno, ouvindo colegas, mulheres, maridos, etc. Mas, até o momento em que são desligados por completo dessas vozes e imagens. Assim, passam a depender da aceitação dos companheiros, sentimento que mistura ternura e ódio, e dos olhos das baratas.





Incontornáveis Ao entrar no teatro o publico se depara com uma fabrica de mutilações, onde os atores serão amostras dessa fabrica de horror, não o horror que sugere terror, mas o horror (a violência) cotidiana que todos são submetidos às vezes sem perceber, e estarão sujeitos a se identificar. O espetáculo não obedece a uma sequência teórica, lógica, de cenas, e pensamentos. Exige um posicionamento da platéia diante do que esta vendo, de reflexão e critica, onde a incoerência da proposta reina em diversos momentos.

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