25 de janeiro de 2010

Novo edital do Programa Municipal de Fomento ao Teatro opõe grupos e prefeitura de SP

O Programa Municipal de Fomento ao Teatro, principal mecanismo de financiamento do teatro de grupo em São Paulo desde 2002, está diante de um impasse.

Lenise Pinheiro/Folha Imagem
Cena da peça "A Vida na Praça Roosevelt", d'Os Satyros, montada em 2005 com verba do Fomento
Cena do espetáculo "A Vida na Praça Roosevelt", montado com verba do Fomento

O edital da 16ª edição, finalizado em dezembro passado pela Secretaria Municipal de Cultura, mas ainda não publicado, está sendo contestado pelo movimento teatral, sob a alegação de que desvirtua a letra da lei de oito anos atrás, que instituiu o programa. Por conta disso, as inscrições (que normalmente acontecem em janeiro) ainda não foram sequer abertas.

O principal objeto de questionamento é a proibição da inclusão da taxa administrativa na previsão de gastos apresentada pelos projetos que pleiteiam incentivo.

Até hoje, os coletivos ligados à Cooperativa Paulista de Teatro (CPT) destinam 2,5% dos valores recebidos via fomento à instituição -que atua como representante jurídica deles e lhes oferece serviços de contabilidade e administração, laboratórios de formatação de projetos e cursos. É a previsão dessa taxa no orçamento submetido pelos grupos que o edital de agora veta.

Sem esse repasse, apontam os artistas, seria difícil manter a CPT funcionando. "Os grupos teriam de se desmembrar em personalidades jurídicas, empresas próprias. É um excesso burocrático", diz o presidente da cooperativa, Ney Piacentini.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Compartilhe