Artistas de Campo Grande participaram nesta quarta-feira do ato em que o prefeito Nelsinho Trad (PMDB), sancionou o Plano Municipal de Cultura e, entusiasmados, acreditam que o documento traz um marco para as ações culturais da Capital.
Durante o evento, na Esplanada Ferroviária, houve apresentações musicais e teatrais e participação maciça de artistas, dentre eles a atriz e coordenadora do Pontão Guaicuru, Andréia Freire e o cantor Márcio de Camillo.
Andréia disse que “agora o prefeito começa a colocar a cultura na mesa das negociações”. O ator Edson da Silva, conhecido como “Profeta” disse que “sem esse norteador não tínhamos como trabalhar com cultura. Agora o plano depende de nós, de nosso esforço, porque sem esforço vira só um amontoado de papel”.
O presidente da Fundação de Cultura, Athayde Nery, afirma que o processo de elaboração do plano de cultura foi deflagrado em abril e que houve muita discussão até chegar ao formato final.
Ele explica que é uma peça-base para as discussões em torno de cultura e atinge três dimensões: a primeira é simbólica, que abrange influências migratórias e a "mistura que foi feita para formar a população e cultura da cidade".
A segunda é a dimensão cidadã, levando a cultura aos bairros, para que ganhe capilaridade. “Este é o grande desafio da cultura hoje”, disse Athayde.
A terceira dimensão é econômica. “A cultura é a economia mais limpa do mundo, gera cidadania, faz do cidadão um homem diferente”, acrescentou. Nesse sentido Athayde destacou a importância do artista se profissionalizar, em busca de recursos, na proposição de projetos e participar de outras questões burocráticas e jurídicas.
A partir de agora serão criadas câmaras setoriais, discutidos investimentos e captação de recursos. Athayde chorou ao agradecer o prefeito pelo empenho no projeto, mesmo ainda estando com a saúde debilitada. Lembrou que a cultura, que geralmente fica em segundo plano para o poder público, agora passa a ter o destaque que merece.
Nelsinho acredita que o plano vá servir de modelo para outras cidades que se preocupam a cultura e alertou que agora os artistas precisam ser organizar para que as premissas sejam colocadas em prática.
Entre outros aspectos, o plano transforma em patrimônio cultural da Capital a Marcha para Jesus, realizada pelos evangélicos no mês de agosto, e a Festa de Santo Antônio, celebrada em junho. Também prevê a descentralização e diversificação do financiamento da produção cultural.
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