Durante a sabatina realizada pela Folha nesta terça-feira, o dramaturgo Bob Wilson disse que não produz as suas peças por acaso, mas sim com uma estrutura. Ele também afirmou que seu trabalho é contra o realismo.
Para o artista, o que se vê em cena, muitas vezes, é decoração, o que torna o teatro desinteressante. "Queimem as escolas de teatro que só ensinam a decorar textos!", gritou o dramaturgo, que considera o teatro uma arquitetura.
Durante a sabatina, Bob Wilson disse também que "fazer arte é algo artificial. Estar num palco não é natural. É uma mentira".
Para ele, o espaço do palco e o da platéia são diferentes e, por isso, considera mais "honesto" o ator se movimentar de forma artificial no teatro. "O teatro que vejo é baseado em uma mentira", declarou.
A sabatina contou com a presença de Marcos Augusto Gonçalves, editor da Ilustrada, Nelson de Sá, colunista da Folha, Marcos Flamínio Peres, editor do caderno Mais! e Fábio Cypriano, crítico de arte da Folha. O evento fez parte das comemorações dos 50 anos da Ilustrada e foi realizado no auditório do Masp, em São Paulo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário